quinta-feira, 30 de julho de 2009

A poesia é suja de som...

"A poesia
é suja de som
de sonhos
de sangue
e de signos.
atravessa o universo das coisas
se veste nas cores das palavras.
acalanta.
grita.
pede pão no morno das manhãs
faz manha pelo papel
rola nas páginas brancas
brinca
conta o espelho da história
em sete frases
finge a letra verde
das matas

E em metáforas
se reparte pelos séculos
de tinta e boca
a poesia
a poesia dá de beber aos bebados
escorre pela barba dos poetas
anda descalça nos ônibus
nos bares
Vê através das portas
come pétalas
e passa fome
a poesia lê o mundo
inventa outros
mofa nas gavetas
arranha paredes
perturba a ordem pública
e protesta nas praças pela paz..."
Emmanuel Marinho


Nenhum comentário:

Postar um comentário